Coreia do Norte admite que mísseis são preparo para guerra e avisa
Coreia do Norte admite que mísseis são preparo para guerra e avisa: 'Treino para aniquilar o inimigo'
15/03/2023 14:11:11
A Coreia do Norte informou, nesta quarta-feira (15), que os disparos de dois mísseis balísticos de curto alcance ontem, que chegaram a quase 620 km de distância e caíram no mar do Japão, representaram um exercício para a guerra e a capacidade de "aniquilar o inimigo" se as forças da ditadura de Kim Jong-un o combatessem.
A agência estatal de notícias KNCA disse que o "comandante da unidade resolveu ter a capacidade de cumprir plenamente seu dever de ataque e poder de fogo a qualquer momento, intensificando ainda mais o treinamento de cada companhia, fiel ao partido político para efetuar uma revolução no treinamento".
Os mísseis, disparados em uma área ao redor do condado de Jangyon e classificados como "terra-terra", atingiram precisamente o alvo, Phi Islet, localizada a 611,4 km do local do lançamento.
A Coreia do Norte condena os exercícios conjuntos como um ensaio para a invasão e prova das políticas hostis de Seul e Washington.
Cerca de 400 soldados, 50 equipamentos militares e dois helicópteros Apache foram mobilizados para a operação na segunda-feira durante o exercício dos americanos e sul-coreanos.
“Aprendemos muito uns com os outros e pudemos demonstrar nossa capacidade de trabalhar juntos como uma equipe. Esperamos continuar treinando juntos e construindo o relacionamento entre as forças americanas e coreanas. Continuaremos prontos para lutar nesta noite. Vamos juntos", disse o capitão dos EUA Sean Kasprisin.
A Coreia do Sul também está buscando laços mais estreitos com o Japão para combater a ameaça de Pyongyang, apesar de décadas de atrito e desconfiança entre os dois aliados dos EUA.
Na quarta-feira, o presidente Yoon Suk Yeol disse que a cooperação com Tóquio é vital, enquanto se prepara para visitar o Japão — a primeira visita de um líder sul-coreano em 12 anos.
A viagem planejada ocorre depois que a Coreia do Sul anunciou na semana passada que suas empresas compensariam as vítimas de trabalho forçado sob o domínio colonial do Japão de 1910 a 1945.
A disputa minou os esforços liderados pelos EUA para apresentar uma frente unificada contra a China e a Coreia do Norte.