Ibiapaba FM 98,1 - Órgãos estratégicos do Executivo federal têm 190 mil cargos vagos

Órgãos estratégicos do Executivo federal têm 190 mil cargos vagos

Órgãos estratégicos do Executivo federal têm 190 mil cargos vagos


17/03/2023 07:24:35

Poder Executivo federal tem 190.196 cargos vagos em órgãos estratégicos, como ministérios, institutos e agências. O levantamento feito pelo R7 — a partir das informações mais recentes do portal de Dados Abertos do governo federal — considerou os 20 órgãos com o maior número de cargos vagos.

O número representa 68,8% dos postos civis disponíveis na administração pública direta, autarquias e fundações, sem contar o Banco Central. Entre os motivos que levam às vacâncias, estão exonerações, morte de servidores, transferências de pessoal e aposentadorias (confira, ao fim desta reportagem, as cinco funções com mais desocupações em cada órgão).

Todo ano, os órgãos da adminsitração pública enviam ao organismo central — hoje, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos — as demandas necessárias para recompor o quadro de pessoal. Cabe à pasta federal, após receber os pedidos de todas as estruturas ligadas à União, a liberação de novas contratações. 

Entre os ministérios, Economia, Saúde e Educação lideram a lista. Estruturas caras ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também estão esvaziadas, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Áreas de inteligência, controle e segurança também carecem de servidores. É o caso dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, da Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Procurado pela reportagem, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que o número de cargos vagos no Executivo federal "reflete um acumulado de demandas históricas que perpassa décadas de administração pública". De acordo com a pasta, o preenchimento das funções "está condicionado a uma série de fatores, que incluem prioridades dadas às diferentes políticas públicas e limitações orçamentárias e jurídicas".

"Há, além disso, um processo intenso em andamento de digitalização de serviços públicos, o que, naturalmente, reduz a necessidade de mão de obra para algumas áreas de atuação. O fato, portanto, de haver cerca de 200 mil cargos vagos não significa que há deficiência no atendimento, defasagem ou que a administração necessite dessa força de trabalho. Significa, apenas, que há uma margem de atuação que o Estado poderá usar conforme as necessidades", escreveu, em nota, o ministério.

NO AR Playlist da Ibiapaba
- 00:00 às 05:00