Ibiapaba FM 98,1 - Ciro Gomes propõe fim da reeleição

Ciro Gomes propõe fim da reeleição

Reformas em 6 meses de governo e renda mínima contra a fome


13/06/2022 18:20:03

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta segunda-feira (13) que, se eleito, abre mão da reeleição para presidente, irá propor reformas nos seis primeiros meses de um eventual governo e defendeu a criação de uma renda mínima como forma de combate à fome.

Ciro Gomes deu as declarações em entrevista ao Podcast O Assunto, transmitida ao vivo diretamente do estúdio do g1. Foi a primeira de uma série de entrevistas com os pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

Questionado sobre como pretende, se eleito, pôr fim ao chamado “orçamento secreto” e lidar com a atual cúpula do Congresso Nacional, Ciro respondeu:

 
 
 
 
 
 

Esta é a quarta tentativa de Ciro Gomes de chegar à Presidência da República. O ex-governador do Ceará também participou da disputa em 1998, 2002 e 2018, mas nunca chegou ao segundo turno.

Combate à fome e renda mínima

 
 
 

“O problema brasileiro é que nós destruímos uma estrutura que o Brasil exemplarmente já teve e que o mundo inteiro tem, que é uma estrutura de abastecimento e preços. No Brasil, era Conab, Cibrazem, Cobal, que eram estruturas que fazem o óbvio: chegou na safra, o governo entra comprando para proteger o produtor com a política de preços mínimos, porque ele não tem dinheiro para pagar o banco, o agiota, não tem onde guardar, onde processar”, declarou Ciro.

“O Brasil poderia fazer isso de forma exemplar para o mundo, guardar estoques reguladores. Veio a seca, veio a entressafra, veio um choque de preços de demanda internacional? Em vez de aumentar a taxa de juros, que não tem efeito nenhum para isso, a gente desova os estoques reguladores a partir de programas de segurança alimentar, em que, lá na ponta, você vai ter que ter um cadastrão e a renda mínima”, completou.

Desaparecimentos na Amazônia

 

“Em relação a esses dois crimes, a essas duas vítimas do crime, o Bolsonaro os inculpou. Os inculpou. Repare, ali na região é pesca, é mineração, mas sabe quem está tomando conta? General Heleno [ministro do GSI], eu estou sabendo o que está acontecendo. Eu estou sabendo o que está acontecendo: é o narcotráfico, com o olho fechado das Forças Armadas brasileiras.”

Política para a Amazônia

 
 
 

“Esse macrozoneamento não é o que eu estou propondo. Eu estou propondo no território uma coisa especializada que tem a ver com aqui pode e aqui não pode. E um grande programa de reconversão produtiva”, acrescentou.

Combustíveis

 
 
 
 

Questionado, então, sobre qual é política de preços para a Petrobras que adotará se eleito, Ciro Gomes respondeu que o custo levará em conta os gastos para produção e a rentabilidade com o que o pré-candidato chamou de “melhores práticas internacionais”, o que, segundo ele, corresponde a 7% do lucro.

Forças Armadas e eleições

 
 

“O ministro Barroso, por quem tenho muito respeito, acho que assim, de boa-fé, ele cometeu um dos erros graves de convidar o Exército para entrar no processo eleitoral”, declarou o pré-candidato do PDT.

Caso Genivaldo

 
 
 

“Evidentemente, teria imediatamente afastado das suas funções [os policiais]. Responderiam ao inquérito administrativo para serem demitidos e têm que responder a júri porque cometeram um crime doloso contra a vida, o homicídio”, afirmou.

Lula

 
 

“Lula foi um bom presidente. Não dá para desdizer [o que já disse anteriormente]. Ele foi um bom presidente, nas circunstâncias que governou o Brasil. Mas não tinha projeto de nada, não fez reforma institucional, não mudou absolutamente nada. Mas não posso classificar o Lula, senão me alieno. O Lula terminou com 86% de aprovação. Que ele foi um bom presidente, está de bom tamanho. Minha crítica é que o Lula se corrompeu organicamente e não dá para fazer de conta ele que não se corrompeu”, declarou.

Bolsonaro

 
 

Ciro Gomes disse ainda ter enviado uma carta a Bolsonaro quando soube das primeiras mortes por Covid-19 na Itália, afirmando que iria “suspender” as críticas ao governo e que faria sugestões sobre como ligar com a pandemia. Mas, segundo o pré-candidato do PDT, Bolsonaro, “fez tudo o oposto do que estava lá”.

Responsáveis por mortes na pandemia

 
 

“O Brasil tem 3% da população do mundo e aqui morreram 11% das pessoas que morreram no mundo [de Covid]. Esse crime foi cometido pelo senhor Jair Messias Bolsonaro”, declarou Ciro.

“Se eu, um dia, tiver a honra de servir a esse país, isso vai acabar. Os responsáveis por essa tragédia no Brasil vão pagar. Na proporção exata, assegurado o seu amplo direito à defesa, sua presunção de inocência, vão pagar. São 668 mil pessoas que morreram”, completou.

Papel federal na educação básica

 
 

“Assumir [a educação] como federal a tarefa de garantir a qualidade do ensino, a virada de uma educação precaríssima para uma educação de excelência, que já experimentamos. Essas práticas estão generalizadas no Ceará. No ensino médio, a evasão escolar no Ceará é de 1%, enquanto no Brasil é de 60%”, declarou.

Ciro não detalhou, porém, como funcionaria o fundo proposto por ele para valorizar os professores.

Militares no governo

 
 

“O que está acontecendo? Tem 3,8 mil militares da ativa dobrando salário em cargos políticos. No meu governo, primeiro dia: ‘Está proibido militar participar de cargo político’. É um cidadão como qualquer outro, mas deixe de ser militar e venha. Pode baixar para a reserva. Na ativa, você estar em cargo político? Sabe? É um negócio de doido. Estão transformando o Brasil em república de bananas”, declarou Ciro.

 

 
 
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Pedro Alisson - 08:00 às 11:00