Após sete tremores registrados em Maranguape, Defesa Civil mobiliza instalação de sismógrafo
Após sete tremores registrados em Maranguape, Defesa Civil mobiliza instalação de sismógrafo
06/05/2023 09:23:46
A Defesa Civil de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, a 26,6 km da Capital, dialogou com a Defesa Civil do Ceará e o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN), para dar seguimento a instalação de um sismógrafo na cidade a fim de realizar a cobertura dos eventos sísmicos. Na próxima segunda-feira, 8, será preparada uma estação, que deverá ser colocada na segunda quinzena deste mês nas áreas com maior sequência de tremores.
O encontro entre os órgãos públicos e o Labsis ocorreu na quinta-feira, 4, e se estendeu até a tarde desta sexta-feira, 5. A priori, o objetivo principal era estudar os tremores de terra registrados desde o início de maio e avaliar a necessidade de implantação do equipamento.
Do dia 1° deste mês até sexta, 5, sete eventos foram observados. O maior deles aconteceu no dia 2, quando teve 2.2 de magnitude (mR) na escala Richter. Segundo a Defesa Civil de Maranguape, alguns moradores sentiram os tremores, o que fez com que a Defesa verificasse possíveis danos.
A Defesa Civil do Ceará salienta que os tremores deste ano estão distribuídos principalmente no Noroeste do Estado — entre o Litoral de Fortaleza e a região da Ibiapaba.
Segundo o geofísico do LabSis-UFRN, Eduardo Menezes, a partir do trabalho de campo foi possível observar que os tremores mais fortes em Maranguape se concentram em dois epicentros: Distrito Manoel Guedes e na comunidade Rato de Baixo (Distrito Antônio Marques).
O profissional pede para que os cearenses fiquem tranquilos, haja vista que, os tremores no Ceará “são comuns, de baixa intensidade, e não trazem nenhum risco para a população ou para as estruturas. Tremor de terra no Brasil não é coisa de outro mundo".
"O trabalho que é feito é um esclarecimento de um fenômeno, de onde ele ocorre e de onde provém. Não é necessário as pessoas saiam destas regiões. Todo trabalho que é feito é da parte de conscientização, educação. Não existe risco de vida. O tremor de terra é um fenômeno da natureza, como a chuva, a seca. É importante manter as pessoas tranquilos, por isso damos toda a assistência”, finalizou Menezes.
A título de exemplo de tremores mais intensos e prejudiciais à vida humana e às estruturas locais, o terremoto na Turquia, em fevereiro deste ano, que registrou magnitude de 7.8 mR. No Brasil, o segundo maior tremor da história foi registrado em Pacajus, interior do Ceará, nos anos 80, com 5.2 mR.