Taxa de desemprego recua no segundo tri em sete Estados e no DF, aponta IBGE
As principais quedas foram observadas no Distrito Federal (de 12% de desocupação no primeiro trimestre para 8,7% no segundo) e no Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%).
16/08/2023 09:42:29
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira, 15, o desemprego recuou em oito das 27 unidades da Federação no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.
As principais quedas foram observadas no Distrito Federal (de 12% de desocupação no primeiro trimestre para 8,7% no segundo) e no Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%).
Também foram observados recuos nos Estados de São Paulo (de 8,5% para 7,8%), do Ceará (de 9,6% para 8,6%), de Minas Gerais (de 6,8% para 5,8%), do Maranhão (de 9,8% para 8,6%), do Pará (9,8% para 8,6%) e de Mato Grosso (de 4,5% para 3%).
As outras 19 unidades da Federação mantiveram suas taxas de desocupação estáveis. Já a média nacional, divulgada no fim de julho, recuou de 8,8% para 8% do primeiro para o segundo trimestre, melhor resultado para o período em nove anos. Os dados fazem parte da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
A taxa de desocupação, também chamada de taxa de desemprego, mede o percentual de pessoas que estão em busca de emprego mas não conseguem trabalhar, em relação à força de trabalho (ou seja, a soma daqueles em busca de emprego com aqueles que estão empregados).
“Do primeiro para o segundo trimestre, é possível observar uma tendência de queda em todas as unidades da Federação, mas a redução foi estatisticamente significativa em apenas oito delas. A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal.
Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida, pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir”, analisa a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
As maiores taxas de desocupação foram registradas em Pernambuco (14,2%), na Bahia (13,4%) e no Amapá (12,4%), e as menores, em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%). Quando comparadas as cinco regiões, a taxa de desocupação recuou em quatro delas e manteve-se estável no Sul.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a taxa de desocupação recuou em 17 unidades da Federação, com destaque para Rondônia (que passou de 5,8% para 2,4%). Entre os homens, o desemprego ficou em 6,9% no segundo trimestre, enquanto entre as mulheres a taxa é de 9,6%. Há discrepância também na comparação de cor ou raça.
Os brancos tiveram uma taxa abaixo da média nacional (6,3%), enquanto pretos e pardos tiveram taxas de 10% e 9,3%, respectivamente. O desemprego entre as pessoas com ensino médio incompleto foi o maior entre todos os níveis de instrução, com 13,6%. Para as pessoas com nível superior completo, a taxa é de 3,8%.