Ibiapaba FM 98,1 - Ministro de Minas e Energia afirma que apagão teve início em linha da Eletrobras

Ministro de Minas e Energia afirma que apagão teve início em linha da Eletrobras

De acordo com o titular da pasta, a própria companhia admitiu que houve falha sistêmica.


17/08/2023 08:45:35

O apagão que afetou 25 estados do país e o Distrito Federal nesta terça-feira (15) teve início em uma linha da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), ligada à Eletrobras, em Quixadá (CE), conforme afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à imprensa nesta quarta (17).

Silveira disse que, isoladamente, o fato na linha cearense não seria capaz de causar a suspensão de energia generalizada. As autoridades técnicas responsáveis estudam outros eventos ocorridos após o ponto inicial. Segundo o ministro, houve, "com certeza", mais de um evento.

A Eletrobras foi privatizada no ano passado. Ela é responsável pela operação de 101 usinas de geração de energia de diversas fontes e é a maior empresa de energia elétrica da América Latina. Tem capacidade instalada de 42,6 mil MW e 73,8 mil quilômetros em linhas de transmissão em todo o país. Emprega, diretamente, cerca de 10 mil pessoas.

 Em 2022, teve lucro líquido de R$ 3,6 bilhões. Depois da venda à iniciativa privada, o poder público passou a ter direito a menos de 10% dos votos na assembleia da companhia, apesar de deter 32% de suas ações

O ministro chamou o apagão de "inusitado" e afirmou que a as falhas que causaram o episódio foram corrigidas pela Chesf e pela Eletrobras, conforme informaram as concessionárias.

Silveira declarou que as investigações não descartam eventuais falhas humanas. "O ONS não têm como apontar uma causa específica conjuntural que justifique tal incidente. Temos o dever de ofício de trablhar com todas as hipóteses", explicou.

Segundo o ministro, Flávio Dino, titular da pasta de Justiça e Segurança Pública, já foi determinada a abertura de um inquérito policial pela Polícia Federal. Silveira diz ter pedido "vigor e celeridade" para a conclusão dos trabalhos da PF.

A participação da Polícia Federal no caso, para o ministro de Minas e Energia, é necessária, " já que o ONS não apontou falha técnica que pudesse causar evento com a dimensão que teve. Não queremos de forma nenhuma cometer ato de leviandade. Temos de ter apontamentos técnicos para consubstanciar o inquérito e apurar culpa ou dolo".

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