Ibiapaba FM 98,1 - Professora implorou para não ser morta antes de ser carbonizada

Professora implorou para não ser morta antes de ser carbonizada

As duas conversaram cerca de 15 minutos e, depois da insistência de Paula, a vítima resolveu ir até a casa da mulher, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio.


18/08/2023 09:27:49

Vítima de um crime brutal, a professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, teria chorado e reforçado “a todo tempo” que obedeceria os agressores, além de ter implorado para que não fosse morta.

 A revelação foi feita pelo terceiro suspeito de participação do crime, Edson Alves Viana Júnior, em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro.Edson auxiliou a irmã Paula Custódio Vasconcelos e a sobrinha, de 14 anos (ex-namorada da professora), no sequestro e na morte de Vitória.

A professora foi encontrada morta e carbonizada na última sexta-feira (11/8) na comunidade Cavalo de Aço, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Um dia antes do crime, a mãe da ex-namorada de Vitória foi até a escola onde ela trabalhava para questionar bloqueios em perfis de redes sociais. Na ocasião, a mulher também pediu esclarecimentos sobre o término do relacionamento da professora com a filha.

As duas conversaram cerca de 15 minutos e, depois da insistência de Paula, a vítima resolveu ir até a casa da mulher, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio.

À polícia, Edson relatou que acompanhou a irmã e foi para a casa dela, onde esperaram a vítima que chegou por volta das 21h daquele dia. Segundo ele, Paula estava decidida a matar Vitória e o crime foi premeditado antes da chegada dela.

Vitória foi imobilizada assim que entrou na casa, com a ajuda de Edson e da ex-namorada.

 Ela foi amarrada em uma cadeira com fitas adesivas. Nesse momento, a vítima foi extorquida e, segundo o suspeito, “Vitória, chorando a todo tempo, dizia que iria dar o que eles quisessem, que não era para fazer nada de mal a ela”, disse ele à corporação.

Apesar da contribuição da professora durante o sequestro e nas extorsões, os suspeitos teriam decidido enforcá-la com uma corda, colocando-a numa mala e ateando fogo em seguida. De acordo com o laudo cadavérico, Vitória morreu por inalação de fumaça e seu corpo foi carbonizado.

Segundo a Polícia Civil do RJ, mãe e filha ainda tentaram pedir resgate à família da professora e acessaram a conta bancária dela para fazer uma transferência. Ao tentar fugir, elas acabaram encontradas pelos investigadores.

De acordo com o site O São Gonçalo, Vitória teve um relacionamento com a adolescente apreendida e ajudava a família com cestas básicas, mas havia decidido se afastar devido à pouca idade da menina.

 Segundo as investigações, mãe e filha, descontentes, atraíram a ex-namorada da adolescente até o cativeiro. Segundo a 35ª DP, a mãe da menor, que participou do crime, já tinha mandado de prisão em aberto por roubo qualificado.

Vitória era professora contratada do município há quatro meses e dava aula na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo.

 O sumiço dela foi registrado na 35ª DP, ainda na sexta-feira (11/8). Nas redes, familiares e pais de estudantes pediam informações do paradeiro da pedagoga. “Se alguém souber de alguma notícia sobre ela, avisem, por favor, ela é professora da minha filha, estamos desesperados por notícia”, escreveu uma mãe.

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