Ceará realiza 14 transplantes de coração em 6 meses e quase atinge a marca de todo o ano passado
O médico e coordenador de ética em transplantes da ABTO, Valter Duro Garcia, explicou em coletiva de imprensa que o principal objetivo é diminuir a mortalidade na lista e dar seguimento aos procedimentos.
01/09/2023 08:37:56
A espera incerta por um transplante de coração foi encerrada para 14 pacientes no Ceará, entre janeiro e junho deste ano, alcançando quase a totalidade de 2022, quando foram realizados 16 procedimentos do tipo. O balanço foi divulgado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) nesta quinta-feira (31).
Em relação aos demais estados, o Ceará tem o 2º maior número de transplantes de coração do Nordeste, ficando atrás apenas de Pernambuco, onde foram feitas 20 cirurgias. No País, São Paulo lidera o ranking com 64 procedimentos.
No período analisado, 7 pessoas ainda aguardavam por um coração compatível com o transplante no Ceará. Mas as filas são flexíveis e os números podem mudar diariamente. Com o alívio da pandemia de Covid, por sinal, os números de transplantes voltaram a crescer.
O médico e coordenador de ética em transplantes da ABTO, Valter Duro Garcia, explicou em coletiva de imprensa que o principal objetivo é diminuir a mortalidade na lista e dar seguimento aos procedimentos.
“Estamos neste momento saindo da pandemia em relação aos transplantes e, possivelmente, no fim de ano a gente consiga atingir a mesma quantidade de órgãos de 2019. Alguns, como coração e fígado, devem ultrapassar com segurança”, completou.
Esse contexto, inclusive, é possível de ser observado no Ceará: no primeiro ano de pandemia, os transplantes de coração caíram de 25, em 2019, para 14, em 2020. Em 2021, foram apenas 11 procedimentos do tipo.