Após morte de criança de nove anos em universidade, insegurança preocupa estudantes, em Fortaleza
Assaltos e iluminação precária são outros dos pontos relatados pelos discentes. Imagens mostram que a região onde a lagoa fica é erma
12/09/2023 10:00:03
Após a morte de Heitor Viana Koabayashi Silva, criança de 9 anos que desapareceu dentro da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e foi encontrada morta em lagoa da instituição, estudantes da instituição denunciam situações de insegurança no campus do Itaperi, o maior da instituição. Nesta segunda-feira (11), protestos motivados pela morte de Heitor mostraram a insatisfação dos frequentadores.
O corpo da criança, encontrado na manhã do dia 7 de setembro, estava sem marcas de violência, conforme informações do Corpo de Bombeiros. Heitor desapareceu na tarde anterior, enquanto estava com a mãe no campus da Uece. A suspeita é de que a morte tenha sido acidental.
Contudo, estudantes da universidade reclamam de diversos problemas na estrutura e segurança do campus. A falta de equipes de segurança, por exemplo, é algo que alegam que poderia ter evitado o desaparecimento de Heitor.
Assaltos e iluminação precária são outros dos pontos relatados pelos discentes. Imagens mostram que a região onde a lagoa fica é erma. Estudantes mulheres relatam o medo de assédios em banheiros. O período da noite é o que mais preocupa.
Em entrevista, estudantes disseram não se sentirem seguros no local, especialmente pela falta de vigias na entrada da Uece.Hidelbrando Soares, reitor da Uece, disse que a insituição já vem trabalhando na infraestrutura antes mesmo da morte de Heitor e reconheceu as carências da universidade:
"Você está diante de um campus que tem 104 hectares. Não é um prédio, um terreno pequeno, é uma extensão de área muito grande. (Estamos) trabalhando para melhorar a iluminação, para melhorar a segurança pública. É um trabalho permanente", comentou.