Ibiapaba FM 98,1 - Professores realizam protesto a favor do veto de exame psicológico

Professores realizam protesto a favor do veto de exame psicológico

“É só uma forma de atacar o magistério, porque os bancários adoecem, os médicos adoecem, os engenheiros adoecem, é social as doenças.


01/11/2023 09:04:28

realizaram nesta terça-feira,31, uma manifestação contra o projeto de lei 522/2018 que obriga os servidores públicos da categoria a realizarem anualmente exames psicológicos e psiquiátricos. A iniciativa surge após o prefeito José Sarto (PDT) anunciar, por meio das redes sociais, o veto ao projeto.

“Decidi vetar integralmente o Projeto de Lei (PL) que impõe a todos os trabalhadores da rede municipal de ensino a submissão anual a testes psicológicos e psiquiátricos. Sou contra essa proposta”, afirmou Sarto em nota.


A proposta, de autoria do vereador Jorge Pinheiro (PSDB), autoriza a Prefeitura de Fortaleza a exigir que os professores da rede municipal de ensino realizem testes psicológicos e psiquiátricos anuais. Além disso, o projeto determina que o resultado do exame deve ser entregue para a instituição à qual o profissional está vinculado antes do início do período letivo.

Conforme o texto, a Secretaria Municipal de Educação (SME) ficaria responsável por analisar e registrar os exames.

A manifestação foi realizada em frente à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) e contou com a participação dos vereadores da Casa. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, vereador Lúcio Bruno (PDT), animou os presentes no local, afirmando que, quando a matéria chegar à CCJ, será barrada.

“Antes da redação final ser votada no plenário, ela precisa ser assinada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça “, seguiu Lúcio. “E o que é que eu tô dizendo com isso? Eu tô dizendo é que se eu não assinar, tchau”.

Eu, nem se meu pai, que está falecido, descer do céu e disser ‘assina’, eu não assino. Não tem perigo de eu assinar essa redação final pra ir pra votação”, acrescentou.

A presidente do Sindicato de União dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), Ana Cristina Guilherme, afirmou que a proposta surge como uma forma de “ataque” aos profissionais da Educação.

“É só uma forma de atacar o magistério, porque os bancários adoecem, os médicos adoecem, os engenheiros adoecem, é social as doenças. Mas quando ele (Jorge Pinheiro) elege os professores, é como se ele estivesse protegendo a escola dos professores, é isso que a gente não admite”, afirmou.

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