Risco de morte por calor extremo pode quintuplicar até 2050
A análise destaca que, em média, os habitantes do planeta foram expostos a 86 dias de temperaturas potencialmente fatais em 2022.
15/11/2023 09:23:16
O número de pessoas que correm o risco de morrer devido aos efeitos do calor extremo pode quintuplicar nas próximas décadas, alertam cientistas em um relatório publicado nesta quarta-feira, 15. "A saúde da humanidade está em grave perigo", afirmam os autores da edição de 2023 do documento de referência publicado anualmente pela revista médica The Lancet.
O trabalho afirma que em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC na comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050.
O relatório é publicado a poucos dias do início, em 30 de novembro, da reunião da ONU sobre o clima, a COP28 de Dubai, que pela primeira vez terá sessões dedicadas à saúde.
A análise destaca que, em média, os habitantes do planeta foram expostos a 86 dias de temperaturas potencialmente fatais em 2022.
Também indica que o número de pessoas com mais de 65 anos que faleceram vítimas do calor aumentou 85% entre os períodos de 1991-2000 e de 2013-2022.
Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história da humanidade.