Ibiapaba FM 98,1 - Com 55 mil pessoas esperando cirurgias eletivas, CE estuda enviar pacientes de Fortaleza ao interior

Com 55 mil pessoas esperando cirurgias eletivas, CE estuda enviar pacientes de Fortaleza ao interior

Estado conseguiu realizar 65 mil procedimentos do tipo em 2023, quase zerando a fila, mas planeja aumentar 10% esse número


02/02/2024 14:36:00

Atualmente, o Ceará tem cerca de 55 mil pessoas aguardando o chamamento da rede pública de saúde para a realização de algum tipo de cirurgia eletiva - aquela que pode ser marcada previamente. Mesmo acelerando a redução da fila no ano passado, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) ainda espera aumentar em 10% o número de procedimentos neste ano, inclusive com a possibilidade de enviar pacientes de Fortaleza ao interior do Estado.

 

O Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), em Limoeiro do Norte, por exemplo, foi inaugurado para realizar cirurgias de emergências, mas tem o potencial de abranger também os procedimentos eletivos.

“A Secretaria de Saúde já está pactuando a realização de cirurgias eletivas neste hospital de grande dimensão. Então, é tentar potencializar para que um dia a gente possa chegar no ideal de as pessoas ficarem menos de 6 meses na fila de cirurgia, mesmo na alta complexidade”, contextualiza Melissa sobre o objetivo geral.


Secretaria da Saúde, como explica a coordenadora, montou uma nova pactuação para oferecer mais cirurgias traumato-ortopédicas no interior do Estado. Com essa iniciativa, ela adianta: “talvez a gente precise de estratégias para mudar o fluxo”.

Em 2023, os estabelecimentos conveniados com a Sesa concluíram 65 mil cirurgias, quase zerando a fila inicialmente proposta no Programa Plantão Cirurgias, que era de 68.107 em meados de abril. Assim, restaram cerca de 3 mil pessoas aguardando algum procedimento.

Conforme Melissa, os números voltaram a crescer porque a fila é dinâmica e está em constante alteração. “Não tem como zerar fila, é impossível zerar, porque vamos continuar tendo problemas oculares ou de vesícula. As filas são dinâmicas, as doenças não vão desaparecer. É um problema mundial”, ressalta.

O objetivo da gestão, como acrescenta, não é focar apenas no número, mas qualificar a rede de saúde para reduzir o tempo de espera dentro de cada fila. “É uma fila para cada patologia, e são milhares de cirurgias”, lembra.

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