Facção que atua no Pirambu, em Fortaleza, recebia ordens do Rio de Janeiro, diz Polícia Civil
no dia 12 de fevereiro último; e o tiroteio que deixou cinco PMs baleados, na Barra do Ceará (também próximo ao Pirambu), no último dia 17. A facção é suspeita de envolvimento com os dois casos.
21/02/2024 09:09:39
A facção carioca que foi alvo da Operação Capto da Polícia Civil do Ceará (PCCE), na última terça-feira (20), suspeita de ameaçar moradores do Grande Pirambu, em Fortaleza, e de estar ligada a um homicídio e tentativas de homicídio contra policiais militares, recebia ordens direto do Rio de Janeiro.
Sete mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra suspeitos de integrar a organização criminosa e outros dois homens foram presos em flagrante, por tráfico de drogas. Com a quadrilha, foram apreendidos cerca de 4,8 kg de maconha e skunk (uma maconha mais forte), além de oito aparelhos celulares.
A reportagem apurou que o principal alvo da Operação foi Francisco Crislano de Oliveira Araújo, o 'Slan', de 27 anos, que seria o mediador das ordens da alta cúpula da facção, sediada no Rio de Janeiro, com os criminosos que atuavam no Grande Pirambu. Ele foi preso na residência de familiares.
Com a apreensão dos celulares, a Draco pretende aprofundar as investigações sobre os crimes cometidos pela organização criminosa, que é suspeita de ameaçar moradores do Grande Pirambu para não abrirem o comércio nem realizarem festas, após a morte de Fábio de Almeida Maia, o 'Biu', em uma operação policial no Rio de Janeiro, no início deste mês de fevereiro.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas também irá enviar cópias da investigação sobre a facção para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o assassinato do soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Bruno Lopes Marques, no Carlito Pamplona (bairro vizinho do Pirambu), no dia 12 de fevereiro último; e o tiroteio que deixou cinco PMs baleados, na Barra do Ceará (também próximo ao Pirambu), no último dia 17. A facção é suspeita de envolvimento com os dois casos.
"Essa é uma das respostas das Forças de Segurança como um todo. Foi uma operação contundente e foram prisões que a gente reputa estratégicas. Nós acreditamos que essas prisões resultam em desorganização momentânea do grupo criminoso e renova nossos materiais investigativos para a deflagração de mais operações", conclui Alisson Gomes, sobre a Operação Capto.