Ibiapaba FM 98,1 - Apoio às pessoas em situação de rua que vai além da assistência emergencial

Apoio às pessoas em situação de rua que vai além da assistência emergencial

Como explica a socióloga Lídia Valesca Pimentel, que esteve à frente da casa, os voluntários sentiram a necessidade de fazer mais.


29/02/2024 10:54:42

Em atividade desde a década de 1990, o Grupo Espírita Casa da Sopa surgiu com voluntários que faziam distribuição de alimentos para pessoas em situação de rua em Fortaleza. Antes da chegada das políticas públicas a nível nacional para este público, os voluntários da casa passaram a articular uma rede de ajuda para cuidar da população de rua.

Com a primeira sede na rua Solon Pinheiro, no Centro, a instituição começou em 1995 como um ponto de apoio para que as pessoas em situação de rua pudessem se alimentar. Aos poucos, o trabalho foi ganhando novos eixos. Como explica a socióloga Lídia Valesca Pimentel, que esteve à frente da casa, os voluntários sentiram a necessidade de fazer mais.

Há quase 30 anos, a casa tinha surgido com pessoas que tinham se conhecido ao ajudar um grupo espírita na distribuição de sopas. Com a instituição e uma sede própria, vieram os desafios para acompanhar a complexidade da população de rua.

Um exemplo era a ausência de políticas públicas que amparassem estas pessoas. Conforme Lídia, este cenário fez com que a casa formasse um mecanismo chamado Banco de Ajuda, que reunia o contato de voluntários que poderiam ajudar de alguma forma.

Como a casa passou a ter um ambulatório para acolher quem tivesse algum machucado, o grupo começou a contar com voluntários que tinham atuação em algumas unidades de saúde para onde as pessoas poderiam ser encaminhadas.

Para Lídia, essa rede de voluntários foi uma solução intermediária. Isso porque não era um direito e não alcançava a todos. Ela explica que um marco importante foi a publicação da Política Nacional para a População em Situação de Rua, em decreto de dezembro de 2009.

É por acreditar na importância das políticas públicas que Lídia tem se engajado em espaços de discussão onde defende a criação de mecanismos para alcançar a população de rua. A socióloga já integrou o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos. E é membro também do Comitê Municipal de Políticas Públicas para a População em Situação de Rua.

 

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