Casal de falsos esteticistas é preso em clínica clandestina, em Fortaleza
A clínica possui mais de 5 mil seguidores no Instagram. No perfil, há a informação de que mais de 20 mil atendimentos já foram realizados no local.
02/03/2024 09:19:12
Um casal que realizava o exercício ilegal da medicina e era proprietário de uma clínica de estética clandestina foi preso em flagrante, na tarde dessa quinta-feira (29), no bairro Dendê, em Fortaleza. De acordo com informações da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), os suspeitos, um homem de 24 anos e uma mulher de 37, aplicavam substâncias proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos clientes.
No local, foram apreendidos anestésicos, centenas de seringas, medicamentos vencidos e outros produtos irregulares.
As investigações sobre o caso começaram no início deste ano, após a denúncia de uma mulher, de 32 anos, que havia contratado um serviço de estética na clínica para um procedimento nos glúteos.
Conforme relato da vítima, ela apresentou reações e precisou ser internada depois de ser submetida ao tratamento estético. A mulher ficou em estado grave em um hospital e registrou o ocorrido por meio de um Boletim de Ocorrência (BO).
Na tarde dessa quinta-feira (29), a PCCE cumpriu um mandado de busca e apreensão no estabelecimento comercial com uma equipe da Vigilância Sanitária.
A clínica possui mais de 5 mil seguidores no Instagram. No perfil, há a informação de que mais de 20 mil atendimentos já foram realizados no local.
Os agentes identificaram que os proprietários não possuíam qualificação ou formação para realizar os serviços ofertados pela clínica clandestina, bem como armazenavam produtos de uso exclusivo de médicos — que estavam vencidos — em local inapropriado.
As investigações apontam que, durante a aplicação dos produtos, os suspeitos reutilizavam as seringas em outros pacientes. Ainda no estabelecimento, foram apreendidos dezenas de seringas (algumas unidades vencidas) e vários medicamentos que eram armazenados de forma irregular, além do produto Polimetilmetacrilato (PMMA) — que pode causar reações inflamatórias e levar a deformidades e necrose dos tecidos e é proibido pela Anvisa.