Ibiapaba FM 98,1 - Padeiro sobralense passa 11 dias preso por engano acusado por estupro

Padeiro sobralense passa 11 dias preso por engano acusado por estupro

Além disso, outros crimes foram atrelados a Antônio Carlos, como roubo e assédio – conforme também o advogado.


04/03/2024 09:14:52

“Fecho os olhos e parece que ainda estou preso”, diz o cearense Antônio Carlos Paiva da Costa, de 38 anos. Ele passou 11 dias em detenção numa prisão do Ceará acusado por um crime de estupro que não cometeu. É que Antônio Carlos tem o mesmo nome e sobrenome de um foragido da Justiça do Piauí, assim como as mães com o mesmo nome. A diferença que desfez o erro na prisão é a data e o local de nascimento.

O estupro aconteceu no Piauí, em 2017, e o suspeito chegou a ser preso, mas fugiu. Um mandado de prisão foi expedido pela Justiça do Piauí, mas ao ser cumprido no Ceará – sete anos depois – fez de um inocente, o culpado.

Antônio foi solto nesta quinta-feira (29), mas ainda guarda as marcas do tempo de prisão e teme o futuro por ser, agora, ex-presidiário.

 

Antônio Carlos foi preso em 18 de fevereiro deste ano, quando trabalhava em Fortaleza. Ele é padeiro, natural da cidade de Sobral(CE), e estava na capital cearense por dois motivos: o trabalho e a missa de aniversário da filha que morreu ano passado.

  • O primeiro por não ter checado a data e o local de nascimento dos dois envolvidos, que são diferentes. Antônio Carlos Paiva nasceu em 16 de fevereiro de 1986, na cidade de Sobral. Já o real acusado nasceu em 19 de julho de 1987, no Piauí – conforme o advogado.
  • E o segundo por ter expedido o mandado de prisão usando as informações pessoais do cearense. Além disso, outros crimes foram atrelados a Antônio Carlos, como roubo e assédio – conforme também o advogado.

 “Ele nunca pisou no Piauí. Um detalhe importante: o acusado (real) foi preso em flagrante. Não encontraram documentos com ele, ele não sabia os dados e buscaram pelo nome completo. Ao buscar, acabaram juntando os documentos do nosso Antônio daqui, sendo que ele nunca pisou lá. Prenderam uma pessoa e processaram outra”, acrescentou Ramon ao O Antônio acusado pelo crime ficou preso entre 2017 e 2018 e fugiu da Colônia Agrícola Major César. Seu nome chegou a ficar em lista de foragidos.

“Até hoje, não se sabe quem de fato é ele. Quando foram recapturar, capturaram meu cliente. Os dois têm o mesmo nome, porém o apelido dele na cidade, conforme os processos, é Cláudio”, disse Ramon.

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