Menina encontrada com sinais de violência sexual em carro em Caucaia foi morta por afogamento
Contudo, ainda há a possibilidade de que alguns dos crimes tenham sido cometidos fora da casa.
27/03/2024 08:38:18
Uma mulher de 56 anos e um adolescente de 14 anos foram capturados nesta terça-feira (26), pela Polícia Civil do Ceará, suspeitos de envolvimento na morte de uma menina de seis anos que foi encontrada morta dentro de um carro, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com sinais de violência sexual.
O laudo cadavérico da vítima indicou que a causa da morte foi asfixia por afogamento. Além disso, e das marcas de violência sexual encontradas inicialmente no corpo, foi constatada pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) uma hemorragia no pulmão, que seria compatível com uma violência física anterior ao afogamento.
A reportagem apurou que os suspeitos são a tia-avó e o primo da menina. A mulher teria ajudado a praticar o homicídio e tentado ocultar o crime. Já o adolescente teria sido responsável pelos atos análogos ao estupro e ao homicídio.
Em coletiva de imprensa na tarde desta terça, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) detalhou que as investigações identificaram a presença de sêmen em um travesseiro escondido no quarto da vítima. O material foi encontrado também na manta utilizada para cobrir o berço em que a menina dormia. Os três moravam juntos.
O perito-geral da Pefoce, Júlio César Torres, informou que o crime análogo ao estupro foi praticado pelo adolescente. No entanto, o representante pontuou que não foi encontrado sêmen no corpo deixado no carro.
A suspeita é de que a vítima tenha sido violentada fisicamente antes de ser afogada pela dupla em baldes com água doce que estavam espalhados pela residência — chovia na noite do crime. Contudo, ainda há a possibilidade de que alguns dos crimes tenham sido cometidos fora da casa.
Capturados, tanto a mulher como o adolescente negam participação nos crimes cometidos contra a vítima. Por isso, e devido a contradições nos depoimentos prestados por eles à Polícia, a investigação deve continuar nos próximos dias — a Polícia tem até um mês para concluir o inquérito.
À frente do caso, o titular da 10ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ícaro Gomes Coelho, afirmou que as contradições nas versões dos suspeitos foram "essenciais" para os pedidos de encarceramento, mas que há outras discrepâncias a serem analisadas, como, por exemplo, horários e motivos de saídas.