Ibiapaba FM 98,1 - Ministros acertam que estatal deve pagar os dividendos retidos

Ministros acertam que estatal deve pagar os dividendos retidos

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 4, depois do fechamento do mercado, a Petrobras diz que não há decisão nova sobre os dividendos


05/04/2024 10:05:49

Em meio ao cabo de guerra pela presidência da Petrobras, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) acertaram o pagamento dos dividendos extraordinários que foram retidos em decisão do conselho de administração da empresa em março. O valor bloqueado chega a R$ 43,9 bilhões. 

Caberá a Costa levar a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.A informação sobre o resultado da reunião foi antecipada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, e confirmada pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A proposta de pagamento precisa ser levada pelo conselho de administração para avaliação dos acionistas, que voltam a se reunir em assembleia no próximo dia 25.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 4, depois do fechamento do mercado, a Petrobras diz que não há decisão nova sobre os dividendos. A petrolífera citou que, no fato relevante divulgado no início de março, o conselho de administração propôs à assembleia que o valor de R$ 43,9 bilhões fosse integralmente destinado à reserva de remuneração do capital. Dessa forma, "a competência para aprovar a destinação do resultado, incluindo o pagamento de dividendos, é da assembleia geral de acionistas, que será realizada no dia 25 de abril deste ano".

Em março, o assunto expôs o racha no governo, uma vez que Silveira e Costa opinaram por não fazer a distribuição, e Prates disse a investidores que preferia ter distribuído 50% do valor, mas foi voto vencido. No fim, ele se absteve na votação. A decisão de reter os dividendos coube a Lula em uma reunião que os auxiliares do presidente avaliaram como confusa. 

O assunto não parecia estar suficientemente maduro, narrou um dos que acompanham o tema de perto em Brasília.
 O episódio foi criticado por investidores, que apostavam na distribuição de dividendos a partir de sinais emitidos por Prates; eles acusam o governo de intervencionismo.

Auxiliares do presidente avaliavam ontem que era preciso fazer o pagamento, uma vez que mais estudos avançaram e concluíram que não haveria prejuízo para os investimentos da companhia - com os quais o governo espera gerar empregos e turbinar a economia.

 

 

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