Renda da população mais pobre sobe 12,6% e bate recorde da série histórica
Por fim, o aumento real do salário mínimo, que tem um efeito menor, mas impacta também”
20/04/2024 08:44:52
Os programas sociais do governo fizeram a diferença em 2023 para a camada mais pobre da população, mostrou a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua) 2023: Rendimento de todas as fontes, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O rendimento médio mensal real per capita dos 40% da população com menores rendimentos cresceu 12,6% de um ano para outro, atingindo o maior valor da série histórica.
Mesmo assim, o rendimento dessa camada de brasileiros ainda é baixo. Por dia, em média, o rendimento ficou em R$ 17,50 no ano passado, contra R$ 15,60 em 2022. A maior cifra foi registrada no Sul, de R$ 26 por dia, enquanto a menor foi no Nordeste, de R$ 11,4 por dia. Segundo o IBGE, contribuíram para o aumento de renda o valor maior do programa Bolsa Família ao longo do ano, a melhoria no mercado de trabalho e o aumento real do salário mínimo.
”Além do reajuste do Bolsa Família, houve maior expansão do número de domicílios que receberam o benefício, e também uma melhoria no mercado de trabalho, com 4 milhões de pessoas a mais. Por fim, o aumento real do salário mínimo, que tem um efeito menor, mas impacta também”, explicou o analista do IBGE Gustavo Fontes.
Levando em conta os valores pagos aos trabalhadores por todas as fontes – trabalho e outros rendimentos –, a renda média mensal no Brasil ficou em R$ 2.846, crescimento de 7,5% em relação a 2022, e de 0,4% contra 2019, se aproximando do valor máximo da série histórica, em 2014, de R$ 2.850,00.