UFC reformula distribuição de bolsas e alunos veteranos reclamam da perda de auxílios
“Agora em 2024, temos apenas 900 vagas ao todo, com 560 para a Capital”, complementa o diretório.
06/06/2024 09:38:57
Integrar-se e permanecer no ambiente universitário é meta e desafio para jovens, principalmente os de baixa renda. Obter auxílios na graduação ou pós, então, é fundamental: acesso que, segundo estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), está comprometido por mudanças na oferta de bolsas acadêmicas.
O Diretório Central de Estudantes (DCE/UFC) de Fortaleza aponta que as Bolsas de Iniciação Acadêmica (BIA) “tiveram vagas reduzidas em relação ao ano passado, com o remanejamento do orçamento destinado à assistência estudantil para alguns outros auxílios”.
A entidade contabiliza que, em 2023, foram ofertadas 1.800 bolsas BIA pela UFC, das quais 1.460 eram reservadas aos campi de Fortaleza. “Agora em 2024, temos apenas 900 vagas ao todo, com 560 para a Capital”, complementa o diretório.
Bruno Rocha, pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFC, destaca que o orçamento de 2023 “foi da ordem de R$ 17,6 milhões, e teve aumento para R$ 29,1 milhões em 2024”. O gestor pontua, porém, que a quantidade de vagas para bolsas BIA foi adaptada devido à criação de um novo benefício: o Auxílio Ingressante.
Até o ano passado, como explica o pró-reitor, estudantes de baixa renda que ingressavam na UFC tinham à disposição apenas as Bolsas de Iniciação Acadêmica, às quais concorriam junto aos veteranos. Já neste ano, os recém-chegados e os alunos de 2º semestre terão acesso “automático” ao novo auxílio estudantil, sem precisarem concorrer a bolsas.
“Neste ano, tivemos 1.045 ingressantes de baixa renda, e todos concorreriam às BIA. O que fizemos foi criar o Auxílio Ingressante, de R$ 500, que eles já recebem sem concorrer. Com isso, reduzimos a concorrência entre os alunos de 3º até o 6º semestre por vaga de BIA”, detalha Bruno, informando que “apenas 300 ingressantes” deixaram de ser contemplados.