Conselho de medicina americano revoga licenças de médicos que defendiam ivermectina contra covid
Além disso, são apontados ainda possíveis efeitos colaterais no uso da ivermectina fora das indicações da bula.
21/08/2024 09:20:03
A entidade American Board of Internal Medicine (ou Conselho Americano de Medicina Interna), que regula a atuação da profissão nos Estados Unidos, revogou as licenças de médicos que defenderam o uso de ivermectina como tratamento à covid-19 durante a pandemia do vírus.
Com isso, perdem o direito de exercer a medicina Paul Marik e Pierre Kory, criadores do Front Line Covid-19 Critical Care Alliance – grupo que atuava defendendo esse tratamento para a doença. A eficácia desses medicamentos foi descartada por autoridades da comunidade médica internacional, principalmente no caso da ivermectina. O grupo, ao longo dos últimos anos, também vinha vendendo coquetéis que prometiam reverter supostos efeitos adversos causados por vacinas.
No Brasil, o uso de ivermectina foi promovido como um “tratamento precoce” para a doença, também tendo sido incluído no kit covid, distribuído no país em meio a controvérsias e contestações dentro e fora da classe médica.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda no ano de 2020, publicou documento rejeitando a aplicação do medicamento para esse tipo de tratamento, atestando ineficácia. Além disso, são apontados ainda possíveis efeitos colaterais no uso da ivermectina fora das indicações da bula.