Ibiapaba FM 98,1 - Mais de 400 pessoas aguardam por um transplante de coração no Brasil

Mais de 400 pessoas aguardam por um transplante de coração no Brasil

Sem cansaço, parecia aquele carneirinho novo quando nasce e quer correr sem parar. Era assim que eu me sentia.


29/08/2024 10:35:30

Atualmente, cerca de 404 pessoas aguardam na fila para um transplante de coração no Brasil. A doação de órgãos pode ser crucial para diminuir esse número e salvar vidas. No Ceará, o Hospital de Messejana se destaca como um dos maiores centros de transplante do país, tendo realizado 19 transplantes de coração de janeiro a agosto deste ano.
Marilac Batista, que há 22 anos recebeu um transplante de coração, recorda a longa espera, compartilha a experiência. “Fiquei um ano e três meses na fila esperando o transplante. Fui preparada uma vez, duas, três e não deu certo. Mas na outra vez deu certo. Fiquei radiante quando recebi a notícia”, relembra. Hoje, mãe de quatro filhos e avó de sete netos, Marilac considera o transplante uma nova chance de viver. “De lá pra cá foi só alegria. Sem cansaço, parecia aquele carneirinho novo quando nasce e quer correr sem parar. Era assim que eu me sentia.”
A decisão de realizar um transplante envolve a avaliação clínica detalhada do paciente, além de fatores externos que podem influenciar o sucesso do procedimento. “Falharam com o tratamento medicamentoso, a gente já deu todos os remédios na dose máxima possível, eles continuam com sintomas, continuam reinternando, continuam piorando,” explica Jefferson Vieira, cardiologista.

A lista de espera para um transplante funciona com base em prioridades e depende da avaliação clínica de cada paciente. O cuidado pós-transplante é crucial, pois os pacientes recebem terapia imunossupressora para evitar a rejeição do órgão. “Se esse indivíduo mora na casa, tem esgoto a céu aberto, ou ele mora com muito bicho dentro de casa, gato, cachorro, ou é uma região que tem muito pombo, então a gente sabe que esse paciente está exposto ao risco de adquirir alguma infecção potencialmente grave no pós-transplante,” alerta o médico.

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