Entre janeiro e agosto, Ceará teve um aumento de 23,5% nos registros de focos de incêndio
Em agosto, foram 390 atendimentos.
30/08/2024 09:12:34
O estado do Ceará teve um aumento de 23,5% nos registros de focos de incêndio em 2024, em comparação com o ano anterior. Ao todo, foram registrados 640 até esta quarta-feira, 28. Em 2023, foram 518 casos até a mesma data. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).Os números deixam o Ceará na 19º posição do ranking dos estados com maiores registros de focos. Os destaques ficam para Mato Grosso, com 23.192, Pará, com 16.364, e Amazonas, com 13.615. No nordeste, as maiores quantidades foram registrados nos estados do Maranhão, Bahia e Piauí com 6.906, 3.363 e 2.563, respectivamente.
Waldomiro Loreto, capitão do Corpo de Bombeiros do Militar do Estado do Ceará (CBMCE) especialista em incêndio florestal, destaca que os focos de queimada do Inpe não necessariamente significam que existe um incêndio em um determinado local. “Eles detectam uma temperatura fora do normal, pode acontecer de ter uma telha de metal que superaqueceu, [por exemplo]”.“Tem outro detalhe: um mesmo incêndio pode desenvolver vários focos. Pode acontecer de ter um incêndio de três hectares e o satélite captar vários pontos focais. [Por exemplo], podem ter 20 focos, mas para a gente, em questão de combate, se trata do mesmo incêndio”, adiciona.Em 2024, até esta quarta-feira, 28, o Corpo de Bombeiros atendeu 1.466 ocorrências de incêndio em vegetação no Ceará. Em agosto, foram 390 atendimentos.
Ainda que em pequena quantidade, os incêndios — junto com as queimadas da Amazônia, do sudeste brasileiro e do continente Africano — também contribuíram para que Fortaleza tivesse o pior índice de qualidade do ar de 2024 neste sábado, 24. Na data, 34,3 microgramas por metro cúbico (µg/m⊃3;) foram registrados na atmosfera da Capital.No Ceará, os registros costumam ter uma crescente a partir do mês de agosto. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), isso acontece porque o período entre agosto e novembro costuma ter temperaturas mais altas, umidade mais baixa e ventos mais fortes, o que propicia o aumento de casos.