Ácido presente no café e feijão verde pode prevenir déficits de memória
Após o tratamento de 20 dias, observou-se uma “proteção contra a morte de neurônios” e uma “diminuição significativa da neuroinflamação
08/11/2024 08:46:02
Um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) aponta que o ácido clorogênico, presente em alimentos como café e feijão verde, pode ajudar a prevenir “déficits de memória”, sugerindo um possível caminho para o tratamento do Alzheimer. A pesquisa, publicada na revista Molecular Neurobiology, foi reconhecida com “menção honrosa” no 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia, realizado em Fortaleza em setembro.
O ácido clorogênico é um “polifenol” com propriedades “neuroprotetoras”, “antioxidantes” e “anti-inflamatórias”, também encontrado na casca de maçã, pera e agrião. No estudo, liderado pela professora Geanne Matos de Andrade, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFC, os pesquisadores avaliaram o impacto do ácido em quatro tipos de memória: “memória de trabalho”, “espacial”, “de reconhecimento” e “aversiva”.
Para testar os efeitos do ácido clorogênico, foram utilizados camundongos induzidos a apresentar sintomas similares ao Alzheimer por meio de injeções de estreptozotocina nos ventrículos cerebrais, o que gerou déficits de memória e inflamação neurodegenerativa. Após o tratamento de 20 dias, observou-se uma “proteção contra a morte de neurônios” e uma “diminuição significativa da neuroinflamação”. Houve ainda aumento no nível de “Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDFN)”, proteína essencial para o desenvolvimento e manutenção dos neurônios.