Vereador que morreu em acidente no Ceará levava duas pessoas para consulta médica em Fortaleza
Antes, ele tentou explicar para ela que o papel caiu sem querer, só que ela não quis escutar"
02/05/2025 09:37:58
A mãe de um estudante de 14 anos de uma escola da cidade de Fortim, interior do Ceará, denuncia que uma professora obrigou o seu filho a tomar uma colher e meia de molho de pimenta como forma de "punição". A docente foi desligada do cargo após apuração da Secretaria de Educação da cidade.
A situação ocorreu no dia 24 de março deste ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Tempo Integral Comunitária da Barra. O aluno está recebendo apoio emocional e suporte institucional. A defesa da professora disse que ela vai prestar esclarecimentos às autoridades. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil.
De acordo com a mãe da vítima, o menino relatou que recebeu a "punição" porque havia jogado uma bolinha de papel para um amigo, mas o outro aluno não conseguiu pegar o objeto.
"A bolinha caiu no chão e na hora uma colega viu e falou para a professora. Como tinha regras de convivência e quem descumprisse era punido, essa colega falou para ele (a vítima) lamber o chão. Só que a professora não aceitou e mandou ele escolher entre a pimenta e o alho. Ele escolheu a pimenta pois não imaginava que ela iria dar uma colher de sopa. Antes, ele tentou explicar para ela que o papel caiu sem querer, só que ela não quis escutar", diz a mãe do adolescente.
As regras de convivência citadas pela mãe dizem respeito a um conjunto de práticas desenvolvidas dentro de uma disciplina para manter uma melhor convivência entre os professores e alunos. De acordo com a escola, essa é uma prática comum e orientada pela proposta pedagógica da instituição, desde que não haja punições como a aplicada pela professora.
"Contudo, foi constatado que, na elaboração desses contratos, a docente sugeriu punições inadequadas e coercitivas como forma de correção de comportamentos, o que vai contra os princípios legais e pedagógicos que norteiam a prática educativa, em especial o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante a proteção integral, a dignidade e o respeito à criança e ao adolescente.", disse a EEFTI Comunitária da Barra por meio de nota.