ex-funcionária revela fraude no INSS no CE
A mulher, de identidade preservada, confessa que na época (de 2017 a 2019) entendia a ilegalidade do serviço.
07/05/2025 09:34:23
Pagamentos de comissões e contratos alterados. Por trás da fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do enriquecimento dos donos das associações, centenas de 'gerentes comerciais' eram responsáveis por planilhas, onde contabilizavam 'novas vítimas' e o que ganhavam com a assinatura de cada uma delas.
O Diário do Nordeste conversou com uma ex-funcionária da Associação de Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN), antiga Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (ABSP), que está na lista das entidades investigadas pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU). A mulher, de identidade preservada, confessa que na época (de 2017 a 2019) entendia a ilegalidade do serviço.
"Eu já cheguei a cadastrar 36, 40 pessoas, por dia. O importante era captar a assinatura. Tinha propina para o INSS, para os corretores e também nos cartórios para poder abrir as firmas. Era todo um esquema", detalha a ex-funcionária.
A advogada Cecília Rodrigues Mota, uma das investigadas pela fraude, já era a presidente da ABSP em 2017. Ao lado de Cecília, estava o empresário Natjo de Lima Pinheiro, que na época ficava à frente de outras associações e montou uma clínica de serviços de saúde para 'lavar dinheiro', segundo a Justiça Federal e corroborado pela ex-funcionária. As defesas deles não foram localizadas pela reportagem.