Cinco prefeitos no Ceará perderam o mandato poucos meses depois da eleição de 2024
A dupla foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) em agosto deste ano. Agora, os casos estão sob análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
23/12/2025 10:14:29
Ao menos cinco municípios cearenses trocaram de governantes em 2025. Em Santa Quitéria, Potiretama e Choró, os candidatos eleitos em 2024 foram destituídos das prefeituras como resultado de processos judiciais e administrativos.
Santa Quitéria é a única cidade em que foi realizada uma eleição suplementar após a cassação dos eleitos no ano passado. Em 26 de outubro, Joel Barroso (PSB) foi escolhido para o mandato-tampão, ao lado de Das Chagas (PSB).
O novo prefeito é filho de Braguinha (PSB), cassado pela Justiça Eleitoral por associação com a facção criminosa Comando Vermelho no pleito que o reconduziu ao Executivo de Santa Quitéria.
Os outros municípios ainda são geridos interinamente pelos presidentes das suas respectivas câmaras municipais. São eles: Cleverlandio Bezerra (PP), de Potiretama, e Paulinho Saraiva (PSB), de Choró.
Nos dois casos, os prefeitos eleitos estão impedidos de assumir o mandato devido ao cárcere e à fuga dele.
Luan Dantas (PP) foi preso em abril sob acusação de encomendar um incêndio criminoso na propriedade de um desafeto político em Potiretama. Além do processo criminal, ele responde a outros de cunho eleitoral – um deles levou à cassação da chapa, composta, ainda, por Solange Campelo (PT).
Dantas também perdeu o mandato por via administrativa, após a Câmara Municipal de Potiretama declarar a vacância do cargo devido aos meses de afastamento da gestão.
Em Choró, por sua vez, o prefeito Bebeto Queiroz (PSB) e o vice-prefeito Bruno Jucá (PRD) sequer chegaram a tomar posse do mandato. O primeiro é considerado foragido desde dezembro de 2024, quando foi alvo de mandado de prisão preventiva por suspeita de coordenar um esquema de compra de votos em dezenas de municípios do Ceará.
A dupla foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) em agosto deste ano. Agora, os casos estão sob análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
fonte : diario do nordeste